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Bolívia convoca cúpula global em defesa da Mãe Terra e propõe novo modelo de civilização

Encontro Mundial em 2025 reunirá nações e movimentos sociais para debater "Viver Bem" como alternativa à crise climática

Publicado • 23/04/25 às 01:59h

Cochabamba será sede histórica

O governo boliviano lançou oficialmente nesta segunda-feira (22/04), em evento virtual nas Nações Unidas, o Encontro Mundial da Mãe Terra rumo ao Viver Bem do Bicentenário, marcado para 2 a 4 de agosto de 2025 na população de Tiquipaya no departamento de Cochabamba, região andina símbolo das lutas ambientais. A chanceler Celinda Sosa definiu o evento como “resposta civilizatória” às emergências climáticas, com meta de elaborar uma carta global de direitos da natureza.

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Diplomacia da Pachamama

Em discurso desde Nova York, a ministra Sosa afirmou que o encontro buscará transformar a Terra em “sujeito de direitos” nas políticas internacionais, desafiando o modelo econômico atual. O anúncio coincide com o Dia Internacional da Mãe Terra e antecede as comemorações dos 200 anos da independência boliviana (2025), posicionando o país como líder do ecossocialismo no Sul Global.

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Cultura ancestral como solução

Com participação confirmada de povos originários e cientistas, o fórum promoverá o conceito indígena do Viver Bem (harmonia homem-natureza) como antídoto ao extrativismo. A ministra Esperanza Guevara destacou: “É a hora dos saberes ancestrais guiarem a justiça climática”. Dados da ONU indicam que territórios indígenas protegem 80% da biodiversidade mundial.

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Cenário de tensões

O evento ocorrerá em meio a debates acirrados sobre a exploração do lítio boliviano – reservas que abasteceriam a transição energética global, mas enfrentam resistências locais. O viceministro Juan Villca adiantou: “Queremos pactuar novas éticas planetárias além do capitalismo verde”.

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Contexto global: A iniciativa surge quando a Corte Internacional de Justiça avalia, pela primeira vez, obrigações legais dos Estados contra as mudanças climáticas – processo que pode criar jurisprudência ambiental.

fonte: cancilleria.gob.bo

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