Publicado • 10/04/25 às 00:00h
No Pacífico colombiano, território marcado por saberes ancestrais e resistência cultural, Doña Rosmilda Quiñonez emerge como símbolo de liderança e preservação das práticas tradicionais de parteria. Em um diálogo contínuo entre etnomedicina, etnobotânica, parto humanizado e medicina ocidental, as parteiras do afropacífico oferecem um cuidado que transcende a saúde física, valorizando a identidade e a cultura das mulheres da região.
Essas mulheres enfrentam a violência obstétrica, uma realidade desafiadora que o sistema de saúde colombiano ainda não conseguiu erradicar. Ao compreenderem a realidade das gestantes e respeitarem suas características culturais, as parteiras não só promovem um parto seguro, mas fortalecem laços comunitários e familiares.
O antropólogo e pesquisador Carlos Castaño-Uribe acompanha de perto esse diálogo de saberes, explorando como o conhecimento ancestral e a ciência moderna podem caminhar lado a lado. Em um esforço para que a parteria seja reconhecida pela UNESCO como patrimônio cultural, essas práticas reafirmam a importância de respeitar e integrar a diversidade de saberes na construção de um futuro mais justo e inclusivo.
Fonte: MinCiencias
