Esta é a primeira vez que uma produção inteiramente brasileira recebe a estatueta, consagrando-se entre os grandes do cinema mundial.
Inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, o longa retrata a luta de Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, para encontrar justiça pelo desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, vítima da ditadura militar.
Ao receber o prêmio, Salles emocionou a plateia ao dedicar a conquista à protagonista real da história: “Esse filme vai para uma mulher que não se rendeu: Eunice Paiva”.
A vitória coroa a trajetória de sucesso do longa, que também venceu prêmios como o Globo de Ouro e o Festival de Veneza. A crítica internacional elogiou a produção, destacando sua força emocional e relevância política. O The Times classificou o filme como “um dos maiores sobre maternidade”, enquanto a BBC o incluiu entre os melhores do ano.
O presidente Lula celebrou a conquista, afirmando que o prêmio “mostra ao mundo a importância da luta contra o autoritarismo”. O reconhecimento chega em um momento em que o Brasil debate a revisão da Lei da Anistia, impulsionando a discussão sobre justiça e memória histórica.
Com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, Ainda Estou Aqui reafirma a força do cinema brasileiro e abre caminho para novas produções ganharem destaque global.
O Brasil, enfim, escreve seu nome na história do Oscar.