18.2 C
São Paulo
quinta-feira, 4 dezembro, 2025
InícioDireitosNenhuma a Menos: Na Luta Contra a Violência, a Proteção é um...

Nenhuma a Menos: Na Luta Contra a Violência, a Proteção é um Direito de Todas as Mulheres

No Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher, a mensagem é clara: a lei brasileira protege todas as mulheres, independentemente de sua nacionalidade. Iniciativas da sociedade civil e do Estado reforçam a rede de apoio.

No Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher, a mensagem é clara: a lei brasileira protege todas as mulheres, independentemente de sua nacionalidade. Iniciativas da sociedade civil e do Estado reforçam a rede de apoio.

São Paulo • 10/10/25 às 19:45h

A luta por uma vida livre de violência, com dignidade, respeito e segurança, é um direito fundamental de toda mulher. Neste 10 de outubro, Dia Nacional de Combate à Violência contra a Mulher, essa premissa é reafirmada com um recorte essencial: a proteção da lei brasileira se estende a todas as mulheres, incluindo as imigrantes. Muitas delas, no entanto, enfrentam a violência em silêncio, alimentadas pelo medo e pela crença equivocada de que não têm os mesmos direitos.

A ideia de que a lei não as ampara é um dos maiores obstáculos. Seja pela barreira linguística, pelo desconhecimento do sistema ou pelo temor envolvendo sua situação migratória, mulheres imigrantes frequentemente hesitam em buscar ajuda. É preciso romper esse silêncio. A legislação, como a Lei Maria da Penha, é categórica: a proteção não faz distinção de nacionalidade.

di-de-combate

A Força da Comunidade e a Campanha “Yo Cuido a Mi Amiga”

Na linha de frente para desfazer esse mito está a ação comunitária. O Bolívia Cultural, projeto de articulação multisetorial conhecido por seu ativismo, criou a campanha Yo Cuido a Mi Amiga. A iniciativa, que atua na rede virtual do projeto, tem um objetivo direto: promover a denúncia de todo tipo de violência dirigida a mulheres imigrantes e incentivar uma rede de cuidado entre as próprias mulheres. “É sobre irmandade, sobre não deixar ninguém para trás. Queremos que todas saibam que não estão sozinhas e que podem, e devem, pedir ajuda”, explica uma das organizadoras.

Google search engine

53540001574_1554ec9dc9_o

Além disso, a comunicação tem um papel vital. Portais como a soulatina.com.br surgem como um farol de informação e acolhimento. A página, que produz conteúdo dedicado especificamente para as mulheres sul-americanas no Brasil, oferece notícias, orientações sobre direitos e histórias que que se refletem com a realidade delas, criando um espaço de identificação e fortalecimento.

banner-HOME-SOU-LATINA-copiar

Google search engine

O Estado de São Paulo e sua Rede de Acolhimento

Para transformar a lei em ação concreta, o estado de São Paulo dispõe de uma série de ferramentas de combate à violência. A rede é composta por Delegacias da Mulher (DEAMs), serviços de atendimento psicológico e jurídico, e os equipamentos de acolhimento, como a Casa da Mulher Brasileira e as unidades de apoio que oferecem refúgio temporário para aquelas em situação de risco iminente.

“Nossa rede é preparada para um atendimento humanizado, com escuta qualificada e sem distinção. Profissionais são capacitados para entender contextos culturais específicos e garantir que toda mulher se sinta segura para dar o primeiro passo”, afirma a coordenação de políticas para mulheres, Daniele Souza Akamine.

Combater a violência contra a mulher é, de fato, uma responsabilidade de todos. Começa com um gesto de empatia, com o cuidado entre amigas, com a coragem de denunciar. E a mensagem que precisa ecoar hoje, e em todos os dias, é que nenhuma mulher, brasileira ou imigrante, precisa enfrentar a violência sozinha. A proteção é um direito, e a ajuda, realidade.

Artigos Relacionados
- Publicidade -
Google search engine

Mais populares